Estenose de canal lombar
Estenose lombar é
o estreitamento do canal vertebral na região lombar. O canal vertebral contém a
medula espinhal desde a porção cervical até a porção lombar alta.
A porção
média e a inferior do canal lombar contém as raízes nervosas da chamada cauda equina. O canal estreito pode comprimir estas raízes e determinar sinais e
sintomas neurológicos.
SINTOMAS E SINAIS DA
ESTENOSE
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Dor lombar
·
Dor irradiada para nádega ou membros inferiores
·
Alterações de sensibilidade
·
Dificuldade progressiva ao deambular denominada claudicação neurogênica
·
Perda de força em membros inferiores
·
Tronco encurvado anteriormente ao ficar em pé, postura esta que alivia a
dor e melhora os outros sintomas
DIAGNÓSTICO DA ESTENOSE
·
Radiografia avalia a curvatura da coluna vertebral e podemos realizar
exames dinâmicos para observar instabilidade
·
Ressonância magnética lombar evidencia com melhor clareza as estruturas
nervosas comprimidas
·
Tomografia Lombar solicitada para avaliar calcificações ligamentares,
diâmetro do forâmen intervertebral e principalmente osteófitos comprimindo o
canal vertebral
·
Mielotomografia: na impossibilidade de realizar ressonância magnética, e
para avaliar instabilidade com compressão das estruturas nervosas
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
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Tumor
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Hérnia de disco
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Espondilolistese degenerativa
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Abcesso epidural
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Aracnoidite inflamatória
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http://www.colunar.com.br/doencas-da-coluna/estenose-de-canal-lombar
O termo
estenose do canal vertebral lombar (ECL) significa a diminuição do espaço
anatômico do canal espinhal (local por onde passa a medula e raízes nervosas) e
está associado com uma infinidade de sintomas clínicos. A incidência anual de
ECL é de cerca de cinco casos por 100.000 indivíduos, sendo quatro vezes maior
comum na região lombar do que na cervical. O sintoma característico de ECL é a
Claudicação Neurogênica Intermitente, que é a dificuldade em caminhar curtas
distâncias devido a fortes dores nas pernas e costas, devendo o paciente
sentar-se para poder voltar a caminhar.
ECL
podem ser classificadas de acordo com a etiologia (origem primária ou estenoses
secundárias) ou de acordo com a anatomia (central, lateral, ou estenose
foraminal). ECL primária é causada pelo estreitamento congênito do canal
medular, em que os pedículos são mais curtos. A estenose secundária pode
resultar de uma ampla gama de condições, mas na maioria das vezes relaciona-se
à degeneração crônica, resultando em instabilidade e compressão das raízes
nervosas. Outras causas de estenose secundária incluem doenças reumatológicas,
osteomielite, traumatismo, tumores, e, em casos raros, doença de Cushing.
A
estenose pode ocorrer em um ou em vários níveis ao mesmo tempo, podendo ser
unilateral ou bilateral. A estenose entre a quarta e quinta vértebras lombares
(L4-5) é a mais frequente, seguida por L3-4, L5-S1 e L1-2. A degeneração do
disco intervertebral muitas vezes provoca um abaulamento discal, gerando um
estreitamento do canal espinhal (estenose central). Como consequência, perde-se
também altura do disco, diminuindo o espaço do recesso lateral e do forame
intervertebral (estenose foraminal), exercendo pressão sobre as articulações
facetarias e comprimindo as raízes nervosas. Esse aumento de carga também pode
levar à artrose das facetas, espessamento dos ligamentos amarelo e longitudinal
posterior, além de hipertrofia das cápsulas articulares e o desenvolvimento de
cistos facetários (estenose lateral). Como consequência desses acontecimentos,
há instabilidade no nível afetado.
A
redução da altura do segmento faz o ligamento flavum (ligamento amarelo) se
dobrar e se espessar, comprimindo a dura-máter espinal em sua porção posterior
(estenose central). A instabilidade concomitante devido à frouxidão ligamentar
e degeneração dos discos e facetas intensificam as alterações preexistentes,
acelerando o processo degenerativo.
Cada um desses vários processos
degenerativos que participam no desenvolvimento de ECL pode causar sintomas
clínicos independentes e tornam o diagnóstico e o tratamento mais difíceis. O
sintoma mais comum associado à ECL é a claudicação neurogênica intermitente. A
compressão da raiz provoca inflamação localizada, que afeta estado excitatório
do nervo, gerando dor. O grau de compressão é aumentado por hiperextensão ou
hiperlordose da coluna lombar (dobrando o tronco para trás), pois estas
posturas causam o estreitamento adicional do canal espinhal. Por outro lado, a
hiperflexão (dobrando o tronco para frente) anula lordose, resultando em um
alargamento do canal espinhal e alívio dos sintomas.
DIAGNÓSTICO
E TRATAMENTO
O termo
estenose do canal vertebral lombar (ECL) significa a diminuição do espaço
anatômico do canal espinhal (local por onde passa a medula e raízes nervosas) e
está associado com uma infinidade de sintomas clínicos. A incidência anual de
ECL é de cerca de cinco casos por 100.000 indivíduos, sendo quatro vezes maior
comum na região lombar do que na cervical. O sintoma característico de ECL é a
Claudicação Neurogênica Intermitente, que é a dificuldade em caminhar curtas
distâncias devido a fortes dores nas pernas e costas, devendo o paciente
sentar-se para poder voltar a caminhar.
ECL
podem ser classificadas de acordo com a etiologia (origem primária ou estenoses
secundárias) ou de acordo com a anatomia (central, lateral, ou estenose
foraminal). ECL primária é causada pelo estreitamento congênito do canal
medular, em que os pedículos são mais curtos. A estenose secundária pode
resultar de uma ampla gama de condições, mas na maioria das vezes relaciona-se
à degeneração crônica, resultando em instabilidade e compressão das raízes
nervosas. Outras causas de estenose secundária incluem doenças reumatológicas,
osteomielite, traumatismo, tumores, e, em casos raros, doença de Cushing.
A
estenose pode ocorrer em um ou em vários níveis ao mesmo tempo, podendo ser
unilateral ou bilateral. A estenose entre a quarta e quinta vértebras lombares
(L4-5) é a mais frequente, seguida por L3-4, L5-S1 e L1-2. A degeneração do
disco intervertebral muitas vezes provoca um abaulamento discal, gerando um
estreitamento do canal espinhal (estenose central). Como consequência, perde-se
também altura do disco, diminuindo o espaço do recesso lateral e do forame
intervertebral (estenose foraminal), exercendo pressão sobre as articulações
facetarias e comprimindo as raízes nervosas. Esse aumento de carga também pode
levar à artrose das facetas, espessamento dos ligamentos amarelo e longitudinal
posterior, além de hipertrofia das cápsulas articulares e o desenvolvimento de
cistos facetários (estenose lateral). Como consequência desses acontecimentos,
há instabilidade no nível afetado.
A
redução da altura do segmento faz o ligamento flavum (ligamento amarelo) se
dobrar e se espessar, comprimindo a dura-máter espinal em sua porção posterior
(estenose central). A instabilidade concomitante devido à frouxidão ligamentar
e degeneração dos discos e facetas intensificam as alterações preexistentes,
acelerando o processo degenerativo.
Cada um desses vários processos
degenerativos que participam no desenvolvimento de ECL pode causar sintomas
clínicos independentes e tornam o diagnóstico e o tratamento mais difíceis. O
sintoma mais comum associado à ECL é a claudicação neurogênica intermitente. A
compressão da raiz provoca inflamação localizada, que afeta estado excitatório
do nervo, gerando dor. O grau de compressão é aumentado por hiperextensão ou
hiperlordose da coluna lombar (dobrando o tronco para trás), pois estas
posturas causam o estreitamento adicional do canal espinhal. Por outro lado, a
hiperflexão (dobrando o tronco para frente) anula lordose, resultando em um
alargamento do canal espinhal e alívio dos sintomas.
DIAGNÓSTICO
E TRATAMENTO
A ECL pode ser diagnosticada
somente se os sintomas clínicos relevantes aparecerem em certas posturas da
coluna (por exemplo, quando em pé ao invés de sentado ou deitado). Em contraste
com as características anatomopatológicas bem definidas, as características
clínicas da doença são heterogêneas e, muitas vezes, incluem sintomas
neurológicos. Tipicamente, os sintomas dos pacientes compreendem alterações
motoras, sensitivas e de reflexo na perna, com as dores usualmente concentradas
na região posterior, que se desenvolve lentamente e persiste ao longo de vários
meses, ou mesmo anos, podendo acometer uma ou ambas as pernas, de intensidade
igual ou diferente entre elas. A dor nas costas é normalmente localizada na
coluna lombar e pode irradiar para a região do glúteo, virilha e pernas, muitas
vezes exibindo característica radicular. Em casos de estenose do recesso
lateral ou estenose foraminal, a radiculopatia isolada pode ocorrer (sem dor
nas costas).
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Com o aumento da expectativa de vida, a prevalência de doenças relacionadas à idade torna-se cada vez maior. A procura por uma melhor qualidade de vida tem levado um maior número de pacientes a procurar auxílio médico. As novas tecnologias de exames de imagem favorecem o diagnóstico da ECL, definindo precisamente o local e as características do problema. Assim, a ECL tornou-se uma das indicações mais comuns para a cirurgia da coluna lombar, refletindo a necessidade de locomoção e liberdade exigida pela população idosa nos dias de hoje.
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Com o aumento da expectativa de vida, a prevalência de doenças relacionadas à idade torna-se cada vez maior. A procura por uma melhor qualidade de vida tem levado um maior número de pacientes a procurar auxílio médico. As novas tecnologias de exames de imagem favorecem o diagnóstico da ECL, definindo precisamente o local e as características do problema. Assim, a ECL tornou-se uma das indicações mais comuns para a cirurgia da coluna lombar, refletindo a necessidade de locomoção e liberdade exigida pela população idosa nos dias de hoje.
Dentre
as opções de tratamento, inicia-se com o conservador ajustado às necessidades
do paciente. O repouso e a administração de anti-inflamatórios são indicados na
fase aguda da inflamação dos nervos. Na fase pós-aguda, recomenda-se a
fisioterapia para o fortalecimento da musculatura envolvida, aliada a analgesia
e correções posturais. Caso a dor ainda persista, é possível utilizar um
tratamento intervencionista da dor , que consiste em injeções espinhais de
corticoide para o tratamento da inflamação local. Em alguns casos, a alteração
anatômica é muito intensa, e a correção cirúrgica torna-se necessária. O
objetivo da cirurgia é melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo a
dor e possíveis déficits neurológicos. Consiste basicamente na descompressão
dos nervos afetados e do saco dural. Quando há comprometimento do disco
intervertebral e outros componentes da articulação, a artrodese (fusão lombar)
pode ser indicada, com a substituição do disco doente por uma prótese de PEEK
ou titânio (cage intersomático). Existem diferentes técnicas de abordagem
cirúrgica, tanto para descompressão quanto para artrodese. Dentre as
alternativas minimamente invasivas, podemos citar a descompressão “Over the
top” e a fusão lombar por XLIF.
Referências
1. Molina M, Wagner P, Campos M. Actualización en estenorraquis lumbar: diagnóstico, tratamiento y controversias. Rev Médica Chile. 2011 Nov;139(11):1488–95.
2. Siebert E, Prüss H, Klingebiel R, Failli V, Einhäupl KM, Schwab JM. Lumbar spinal stenosis: syndrome, diagnostics and treatment. Nat Rev Neurol. 2009 Jul;5(7):392–403.
1. Molina M, Wagner P, Campos M. Actualización en estenorraquis lumbar: diagnóstico, tratamiento y controversias. Rev Médica Chile. 2011 Nov;139(11):1488–95.
2. Siebert E, Prüss H, Klingebiel R, Failli V, Einhäupl KM, Schwab JM. Lumbar spinal stenosis: syndrome, diagnostics and treatment. Nat Rev Neurol. 2009 Jul;5(7):392–403.
http://patologiadacoluna.com.br/estenose-do-canal/
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